A regra de três foi consagrada há muito.
Três são as pessoas da Trindade.
Três vezes cantou o galo.
Três vezes traiu São Pedro.
Três foram os mestres da tragédia.
Três foram os filósofos maiores.
Três são os vértices da dialéctica que mantém de pé o mundo.
Três são os lados do polígono mínimo.
Três foram as últimas invasões.
Três são os andamentos do concerto.
Três é o número de versos do haiku.
Mesmo o soneto que se abalança a quatro acaba a fechar com três.
Três minutos é o tempo que dura uma cantiga.
Três é o número de parcelas que nos cabem na memória.
Três sem desencavar é a medida popular.
Três minutos de leitura, nada mais, há-de ser a dimensão destes modernos postais. Que novos meios aconselham regras novas.