Umas quantas luminárias opinam que é indispensável uma geral congregação de esforços partidários, um certo tipo de união de contrários, para vencer a grande crise. Oxalá que assim seja, ninguém o sabe ao certo. E outras alternativas não abundam.
Mesmo engolindo uma procissão de sapos, Sócrates declara a sua disponibilidade para trabalhar em conjunto e procurar consensos de solução, seja qual for a direcção do PSD.
Pois logo dos fundos da cavalariça chega um palafreneiro de serviço, a avisar em alta voz:
- Cuidado que isto não passa de marketing! Isto é tudo propaganda, em que o homem é mestre! Tudo é jogo de cintura, para derreter corações e obter um par de votos! Não tem credibilidade, nem é de levar a sério!
É esta a fundura de pensamento, a noção de responsabilidade, a indigência mental, a baba corrosiva, o primitivismo boçal, e o sentido de estado que o PSD há muito nos vem servindo: processos de intenção, calúnia repetida até à paranóia, difamação infrene, mantras que nos levam à exaustão, e um salivar faminto em direcção ao pote.
Cada um dá o que tem, como é sabido! Porém em bom rigor teremos que conceder, nem tudo são palafreneiros no PSD. Também tem gente que às vezes põe luvas de cerimónia, adopta maneirismos de salão, enriquece com escroquerias manhosas, e faz assaltos a bancos. Depois reforma-se e endossa-nos a factura.