A distância entre o escritor e o escriba é a mesma que vai da arte ao passatempo, do texto literário à redacção avençada.
Só é literatura o que germina nas tripas e forceja por achar uma saída. A estreita porta que usa é a voz que lhe dá vazão, já lhe chamaram estilo e não se compra.
Do que ainda não foi dito, e do modo de o dizer, é que a literatura é feita. Tudo o mais são gestos de amanuense. São produtos de mercado, que um manufactor chinês produz muito mais barato.