Será ladrar por ladrar. Mas só ladrando se entende a canzoada. E a questão é a seguinte.
Em lugar de se ocupar a sondar a realidade para poder fazer-lhe frente, o comité central prefere gastar o tempo a fac-similar livros antigos. Foi assim que decorou, e ainda sustenta, que um qualquer governo do PS, (na teoria, na prática, no sentimento, nas intenções e nos seus efeitos), é exactamente igual, se não pior, aos governos do PSD e seus acólitos. Os quais são feitos de aventureiros ou de predadores, de manobristas ou de parasitas, de demagogos ou gangsters. Em partes iguais misturam ignorância, decadência e gula. É a história que o diz.
Foi assim que o comité central estendeu, meses atrás, a passadeira vermelha ao governo que aí está. O que já seria uma vergonha, se antes não fosse o entrecho duma catástrofe trágica.
Quando a tempestade chega, como agora, o comité central ameaça motins. Lança granadas de pólvora seca contra as políticas de direita. Faz lembrar esgares de crocodilo, ou lamentos de carpideira de ofício.