domingo, 19 de junho de 2011

Mundanidades e cinzas

1 - Quem se encontrou certa vez com Saramago, depois do Levantado do Chão, ficou rendido ao mestre, e não o pode esquecer nem dispensar.
Um dia ele morreu, e logo sete lhe tomaram o lugar. Hoje esbracejam sete mil milhões neste aflitíssimo planeta.
Deixem Saramago descansar em paz, não façam mau uso dele. Não o transformem em mais um tropeço, que essa é função para eminências medíocres. Leiam-lhe os livros, os que vale a pena ler. Rendem-lhe devida homenagem, eternizam-lhe a memória e aprendem alguma coisa.
Esse é o Saramago verdadeiro. O resto não existe.

2 - Pilar del Rio diz do novel Secretário de Estado da Cultura que "somos amigos há muitos anos, apresentou o Ensaio sobre a Cegueira. (...) Se tivesse muitos meios económicos poderia fazer muitas coisas".
Eis uma grande verdade, tão grande e tão hipotética quanto indiscutível. Legítima e pessoal. E o que é que nos interessam a nós as verdades de Pilar?

3 - Em relação à extinção do Ministério da Cultura, Pilar del Rio classifica a decisão como "um equívoco". Mas quem é que mandou vir um sermão desta senhora?