quarta-feira, 1 de junho de 2011

Lição prática de intoxicação da opinião pública pela imprensa

Ver aqui.

Ex-ministro de Guterres diz que Sócrates devia ter sido arguido
(no caso Freeport).

Eis o que Júlio Castro Caldas sustentou, a propósito das 27 perguntas que os digníssimos magistrados deixaram inscritas no processo, e que não puderam fazer oportunamente a Sócrates por falta de tempo:

"Existiam indícios de suspeição suficientemente fortes que permitiam a inquirição dos governantes com o estatuto de arguidos".

"Em tempo processualmente oportuno, deveriam ter convocado a perguntas todos os cidadãos, fossem eles chefes de governo ou ministros".

"É insuportável o prolongamento no tempo de uma investigação criminal, mantendo um suspeito sem ser constituído arguido".

"Não se mantém um cidadão sob suspeita sem que seja constituído arguido, para que se possa defender".


O que passa, da notícia, para a opinião pública, é que há uma voz, ligada ao PS, ainda a culpabilizar Sócrates no caso Freeport. A mantê-lo sob suspeita.
Quando essa voz não disse nada disso, BEM PELO CONTRÁRIO.
Mas o importante, para esta escumalha moral, não é a verdade nem a justiça.
É APENAS ALIMENTAR O TERRENO MOVEDIÇO DA SUSPEITA SEM FIM. PARA DESTRUIR O OUTRO, COM A NOSSA CUMPLICIDADE.

[Adenda: Detalhes interessantes AQUI]