Um pardacento céu hebdomadário!
E a cidade também não mudou nada.
Do mesmo modo idiota e salafrário
No Elba se mira como então, pasmada.
Assoam-se os narizes longamente
Com a mesma repetida convicção.
E há gente duma empáfia impertinente,
E outros, mais falsos, de olhos pelo chão.
Ó belo Sul! Quanto os teus céus adoro,
Quanto adoro os teus deuses! Sobretudo após
Rever de novo este infra-humano coro,
Esta borra de gente. E o clima atroz.
Heinrich Heine (1797/1856) "... um poderoso satírico da mediocridade satisfeita e reaccionária da sociedade germânica".