Diz-se que todos os anos trinta e tal mil animais de estimação acabam abandonados: em estradas, em descampados, em terras desconhecidas.
Antigamente havia picos nesta selvajaria: no fim da vida dos bichos, no defeso da caça, no princípio das férias... Agora já são boas todas as estações. Os canis e as sociedades protectoras não têm mãos a medir.
Nos tempos do Grand Tour, um modo de avaliar as sociedades de selvagens era ver como tratavam os presos e as mulheres. Hoje basta ver os cães, para lhes augurar um lindo enterro. Às sociedades de selvagens.