Dados recentes atestam o que só deixa surpresa a cegos megalómanos: o tráfego da Portela, e dos outros aeroportos nacionais, sofreu um decréscimo acentuado no último ano. É esse o previsto resultado da emergência geral das finanças, das ondas recessivas da economia que seguramente não vão desaparecer, das errâncias ascendentes dos preços do petróleo, e dos apertões da vida, que fustigam milhões.
Insistir na construção dum novo aeroporto, como urgência nacional, nas circunstâncias presentes, mais que uma temeridade muito nossa, mais que uma teimosia aventureira, releva duma irresponsabilidade muito antiga.