Chamava-se Jessica Lynch, estou ainda a ver-lhe as imagens esverdeadas, de câmara nocturna. Um pelotão de Rambos foi resgatá-la ao hospital, em Nassiriya, numa noite de há anos. Traziam-na numa maca, ao longo dum corredor, cercada pelos narizes inquietos das espingardas automáticas.
Era ela um soldado da América, dos muitos que foram a libertar o povo iraquiano. Quando lhe deitou a mão, a soldadesca inimiga tinha-a espancado, e maltratado, e torturado, e apunhalado. Mas agora estava a salvo. A terra natal rejubilou, e recebeu-a com hinos e flores.
Contou-o mais tarde a BBC: a jovem Jessica achava-se ferida, quando foi aprisionada pela tropa iraquiana; levada para o hospital, beneficiou da melhor cama disponível; e no meio da babilónia geral, ainda lhe foram feitas duas transfusões de sangue.
Tudo o resto foi encenação, de câmaras apontadas. Para fácil digestão da opinião pública.