terça-feira, 10 de maio de 2011

Recomendações da UE para lidar com a crise

"Face à ameaça de recessão, o Conselho considerou que as regras da UE sobre os défices orçamentais, que limitam a dívida pública a 3% do PIB, devem ser aplicadas por forma a reflectir as actuais «circunstâncias excepcionais».

Excerto de um Comunicado da União Europeia de 16/10/2008, que pode ser visto AQUI.

"As derrapagens orçamentais são consequência do declínio drástico das receitas fiscais e das crescentes despesas sociais, como os subsídios de desemprego. Os governos vêem-se forçados a ir aos cofres públicos para fomentar o crescimento e o investimento e, deste modo, lutar contra a pior recessão económica desde a 2ª Guerra Mundial. No seu conjunto, os países da UE vão injectar na economia cerca de 3,3% do PIB da UE, o que equivale aproximadamente a 400 mil milhões de euros ao longo de dois anos".

Este outro fóssil é um excerto dum Comunicado da União Europeia, de 24 de Março de 2009, que pode ser visto AQUI.

Quer dizer: depois da avalanche de problemas resultantes da grande crise americana do subprime, em 2008, as derrapagens dos défices orçamentais verificadas na Europa foram inevitáveis, a partir de 2009. E os governos seguiram as determinações da própria UE para fazer face à situação.
Os aventureiros do PSD não desconhecem nada disso. Mas escamoteiam-no, porque a sua preocupação não está no país, mas no poder. O alvo é abater Sócrates, diabolizá-lo, levá-lo à justiça, como responsável único por tudo. E qualquer arma lhes serve. Aprenderam-no na história, está-lhes na massa do sangue.