Dizem para aí que o governo e o Passos e o Gaspar são culpados coisa e tal. Não são nada, coitados pobres deles.
O Passos é um espírito de natureza primária, ignorante e iletrado, sem dotes para ir além da trafulhice corrente. Quem espera dele alguma coisa perde o tempo.
Já Gaspar é um serviçal canino e modelado por dogmas, que a própria dentada iliba. As suas intervenções cumprem à maravilha as ordens da finança, que lhe encomendou este papel e o há-de recompensar sobejamente uma vez desempenhado.
Na patifaria em cena o Relvas cedeu a Passos o skill do facilitador, e a factura a apresentar-lhe um dia não vai ser pequena.
O Borges salteador ofereceu a Gaspar o know-how dum padrinho, principescamente pago.
O resto do governo são grinaldas que um bom velório não dispensaria. E a oposição que aí anda é o coro das carpideiras que não convirá levar ingenuamente a sério.
O rebanho, esse coitado, mal se poderá queixar. Na hora tenebrosa das matilhas, quando os lobos desceram ao povoado, deu um coice ao único rafeiro que lhes podia ladrar. Deste modo se entregando à bicharada.