A peça mais densa do espólio político, que o PSD nos legou nos últimos 30 anos, é o mito de Sá Carneiro. Não há demagogo, nem oportunista, nem videirinho, que lhe não gaste o nome a atiçar-nos a cabeça.
E no entanto, à imagem do antigo, o novo D. Sebastião não ficou na história pelo pouco que fez. Antes pelo muito que havia de fazer, se não tivesse morrido tão precocemente. E há sempre alguém a embarcar na balela.
Hoje em dia já há quem compare o pobre Passos Coelho à raposa velha do Porto. Basta ver o seu patriotismo, o seu inconformismo, e a sua vontade de produzir reformas.
À boa e velha maneira, e à falta de melhor, endoidam-nos com mitos. Pode ser que alguém embarque na balela.