sexta-feira, 29 de abril de 2016

No Mazouco

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Pobres das laranjas algarvias, pobríssimas as da Sul-África e mais origens exóticas que o mercado nos oferece! Boas são as laranjas do Douro Internacional, a Norte de Barca de Alva, os espanhóis que o digam! Eu lembrava-me bem delas, na margem da Congida, e fui lá ver. O dono não estava em casa, e eu fiquei-me pelos eflúvios aromáticos da floração. Era assim no éden que já houve, antes da expulsão do Paraíso. 
Foi deste modo que fui parar ao Mazouco, onde encontrei as laranjas e fui ver o cavalinho. Depois de muito penar, ladeira abaixo, lá desci até à margem, valeram-me os dois bastões. E os cavalinhos são dois, velhos de vinte mil anos. Têm à disposição uma angra exclusiva, que o rio lhes preparou como um espelho. Nela se miram, vaidosos, a rir-se dos curiosos.