domingo, 19 de janeiro de 2014

Mercados e as linguagens deles

[rapinado a JJRoseira]
O velho dicionário definia Spinter, eris,  como "bracelete que as mulheres traziam no alto do braço esquerdo". Mas não era bem só isso.
 Uma Spintria era a moeda (ou ficha?!) utilizada aí pelo séc.I a.C. nos prostíbulos de Roma, como forma de pagamento.


Sendo escravas grande parte das prostitutas, de estranhas e variadas linguagens, entende-se facilmente a vantagem destas fichas.
 As caras definiam os serviços prestados e as coroas os preços respectivos.
 Hoje em dia há cada vez mais agentes a alimentar o prostíbulo dos mercados, mas a spintria perdeu a pertinência.
 O inglês virou linguagem universal e é mais discreto. E nele entendem-se bem a mais bizarra procura e uma oferta redundante.
No prostíbulo de Kusadasi, hoje na Turquia, os cidadãos podiam alegar uma ida à biblioteca, do outro lado da rua. Um oportuno túnel salvava reputações e evitava quezílias domésticas.  
 A escuridão homofóbica era já caso arrumado, e havia fichas para gays. Voltou uns tempos mais tarde, pela mão duns fariseus de sotaina.