Luzia no pavimento, a moedita mesquinha, comigo em hesitações. Mas depois de consultar a costela semita, dobrei-me e apanhei-a e esqueci-a.
Já em casa, quis analisar-lhe as caras. Fosse ela nórdica, teutónica, holandesa, atirava-a pela janela fora. Era francesa.
E eu lembrei-me do Voltaire, do Rousseau, do D'Alembert, do Pasteur, do Diderot, do Descartes, do Lavoisier, do Astérix gaulês, dos maquisards... até do Robespierre acabei por me lembrar.
Era uma moeda que tinha dignidade. E agasalhei-a no porta-moedas.