O ACELERA
Nunca diz que aprendeu a guiar à socapa. E sai do carro, ao cimo da subida, no triunfante jeito de quem cortou a meta. Trabalha ali na garagem de recolhas.
A princípio ajudava às lavagens, passava a camurça nos cromados, e fazia sinais aos clientes, olhe à direita, meta-lhe a marcha-atrás. Lá dentro caberiam quarenta, mas entravam sempre mais. E quando saía um, o patrão mexia em três ou quatro. Ele passou anos a estudar-lhe as manobras.
Fez o baptismo de volante num dia em que o patrão foi ao médico. Depois nunca mais parou, até que lhe cederam o comando, a arrumar as viaturas. Agora passa o dia em derrapagens controladas, ataca as curvas no limite, e na rampa de saída mete gás à tábua, como fazem os craques na recta da meta.
Ganhou esta paixão dos carros. E se um dia tiver um, há-de ir à oficina dum amigo, que se dedica ao tuning.
A princípio ajudava às lavagens, passava a camurça nos cromados, e fazia sinais aos clientes, olhe à direita, meta-lhe a marcha-atrás. Lá dentro caberiam quarenta, mas entravam sempre mais. E quando saía um, o patrão mexia em três ou quatro. Ele passou anos a estudar-lhe as manobras.
Fez o baptismo de volante num dia em que o patrão foi ao médico. Depois nunca mais parou, até que lhe cederam o comando, a arrumar as viaturas. Agora passa o dia em derrapagens controladas, ataca as curvas no limite, e na rampa de saída mete gás à tábua, como fazem os craques na recta da meta.
Ganhou esta paixão dos carros. E se um dia tiver um, há-de ir à oficina dum amigo, que se dedica ao tuning.