quinta-feira, 16 de julho de 2015

Futuro

Os filhos das andorinhas aproveitaram-me a ausência e bateram asa. Deixou de haver no alpendre a agitação dos pais a trazer-lhes paparoca.
De vez em quando regressam ao ninho, às vezes dormem lá. E talvez tenham saudades da infância, quem o sabe?
Um dia destes vão passar o estreito. E eu antes quero que eles tenham saudades, do que vão a correr alistar-se no ISIS. Mas quem sou eu para dizer seja o que for, sobre o futuro que convém a uma andorinha?