segunda-feira, 11 de maio de 2015

Filigranas

Uma revista qualquer já tinha anunciado uma cachopa novata, que trazia aí a tiracolo a edição dumas histórias breves. Sumarentas. Pôs-me logo a sonhar com filigranas. Ontem encontrei-a num livreiro, passeei os olhos nela.
Os chamados textos breves têm cinquenta páginas. E o discurso deles é mais áspero do que a palha centeia. 
Livrai-nos, Senhor, se nós o não fizermos, dos ajuntadores de palavras! A música deles traz-nos ao ouvido uma empilhadora a soluçar. Não ilustram a literatura. E apenas servem para dar alguma vida à fábula da cigarra e da formiga.