São lilases ou brancos, os agapantos. E hibernam todo o ano, a dormir nos canteiros. Quem sabe se a guardá-los da canzoada doméstica, tão lesta a alçar neles a libertina perna.
Na primavera levantam o mastro, inquietos como antigas caravelas. E festejam o solstício de gávea engalanada.
Caules altivos, a pendular na brisa, têm um quê de manguitos das Caldas. Que os agapantos fazem, aos cachorros que passam.