sábado, 19 de janeiro de 2013

HAJA LUZ! - 2

(Da Introdução)

«Alguns reconhecerão um certo desequilíbrio a favor da cultura anglo-saxónica. É um risco assumido. Não tenho culpa de Shakespeare e Newton terem nascido na ilha da Grã-Bretanha (e estes são os maiores vultos nas artes e nas ciências de todo o mundo e de todos os tempos), e que o mesmo tenha acontecido - para puxar as brasas à química - com Boyle, Dalton, Faraday e Crick. Mas a história passa também pelas Américas e pela Suécia, Rússia, Alemanha, República Checa, Áustria, Hungria, Polónia, Suíça, França, Países Baixos, Itália, Espanha, Egipto, Arábia, Índia, Austrália, Japão e Américas, muitas vezes antes de os países terem nomes. 
E também por Portugal. Sim, aproveitei as linhas tortas da narrativa para trazer figuras ilustres até cá, e lembrar outras que cá nasceram mas emigraram (que remédio!). 
Pelo caminho fui discorrendo sobre o que é fazer ciência - o método, o gozo, o erro, a humildade, o perigo. Para o melhor e para o pior, é o livro que eu gostaria de ler. Como pensava Blaise Pascal, mais do que o "meu livro", este é o livro de todos nós - das minhas ideias à volta das ideias dos outros, e das vossas à volta deste livro.»

Jorge Calado