quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Tudo sic

«(...) Ou seja, os pafiosos apostam tudo num arrastado processo de apodrecimento que conduza inevitavelmente a eleições antecipadas, que como é sabido só podem acontecer após a eleição de novo presidente da República. O guião é este: o boliquento encarrega o aldrabão de Massamá, chefe da quadrilha do pote, de formar governo, o governo vai ao Parlamento apenas para levar porrada da maioria dos eleitos, não consegue sequer aprovar o Orçamento, começa a choramingar que ganhou as eleições e não o deixam governar, os pafiosos merdiáticos avençados colaboram prestimosamente na difusão e consolidação da ideia de que os esquerdelhos eleitos não deixam o governo ainda mais eleito (porque “ganhou”) governar e que isso empurra de novo o país para a beira do abismo e por aí fora.
É claro que “ganhou” porra nenhuma, já que os 38% que enganou significam uma claríssima derrota face aos 62% que não os querem lá, mas enfim, é para nos fazer engolir aldrabices que eles há muito apostaram no domínio de tudo quanto é merdia falada, visualizada e escrita, sem descurar os comentadores encartados, constituídos em coutada de exclusiva propriedade da quadrilha do pote, que guincham afinadamente a mesma mensagem.
Cereja em cima do bolo, o clima assim gerado contribuirá decisivamente para a suprema vergonha que será acabarmos com o Cata-Vento Rebelo de Sousa, Chevalier de la Vichyssoise e pai de todos os aldrabilhas, levado ao colo a substituir o boliquento ao lado dos pastéis de Belém. Mais uma maravilhosa sinergia para nos inseminar o coirão!
Entraríamos assim num período de indefinição e instabilidade que, com a prestimosa e activíssima colaboração de Santo Ambrosinho dos Santíssimos Mercados e Nossa Senhora dos Imaculados Ratings, em encantadoras “malabarices” com taxas de juro e afins, degradaria (esperam eles e tudo farão para isso) todos os índices de confiança nas finanças e na economia, assustando as pessoas ao ponto de as levar de novo a entregar-lhes o pote em eleições antecipadas, que dramatizariam até ao paroxismo com o know-how aprendido nas últimas. Sem esquecer o afinamento e refinamento de métodos e canais de comunicação merdiáticos e sinergias com o sistema de justiça que vêm apurando há muitos anos.
Tentar empurrar de novo o país para a beira do abismo, apenas para poderem continuar grudados ao vasilhame e não perderem mordomias e sinecuras, não está nada mal, não senhor, para estes autoproclamados campeões do patriotismo. (...)»