segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Day after 2

Sabe-se, porque se vê à vista desarmada, que o actual SG do PS não constitui alternativa a nada, nem esperança de coisíssima nenhuma. É o fruto espúrio duma escolha feita há anos pela escória aparelhista que não falta no PS. Trocam favores uns aos outros, como bons capangas, em prejuízo geral.
Em 2011 foi o único deputado do PS que se levantou para aplaudir a intervenção miserável de Cavaco reeleito, na Assembleia da República.
Durante um ano fechou-se no silêncio da cumplicidade com os traidores do governo, e permitiu, sem réplica, que a direita triunfante do Relvas emporcalhasse as heranças melhores dos governos de Sócrates, frito em lume brando pelas oligarquias, durante seis anos.
É um irmão melício do Coelho, na ignorância, na falta de carisma, na vaidade, na inutilidade. Por isso o PS não descola do PPD, na contagem dos votos.
Mesmo nas eleições de ontem, um naufrágio para o PPD, há dois exemplos flagrantes: Matosinhos e a Guarda.
Em Matosinhos, Guilherme Pinto seria o candidato natural do PS. Mas o aparelho do partido preferiu-lhe um tal Parada. Pinto desvincula-se, concorre como independente, e dá a Seguro uma banhada perfeita.
Na Guarda, o aparelho de Seguro escolheu um candidato à sua imagem, preterindo o candidato natural, Virgílio Bento. Este desvincula-se do partido e decide apresentar-se numa lista independente. Um tribunal qualquer recusou a iniciativa, por razões que são lá dele, e a lista de Bento acabou fora da liça. Mas o Seguro levou outra banhada, e a câmara foi parar às mãos de Álvaro Amaro, um paraquedista do PPD que veio de longe.
Com excepção do comité central (isso é uma outra questão), toda a gente sabe em Portugal que nada pode ser feito contra as elites da oligarquia revanchista, velha e nova, sem o concurso do Partido Socialista. Não do presente, o da escória aparelhista e cúmplice do Seguro, de quem nada há a esperar. Há-de ser doutro. E é perverso que o Seguro, no rescaldo do dia de ontem, apareça de sorriso mais enfatuado e convencido que nunca, a reclamar a vitória. Que foi nossa, notável e colectiva! Tudo aqui, em números.