sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Párias

Camponês de Borda d'Água, fui ao mercado tratar dos meus negócios. Lá encontrei disponível esse velho Correio da Manha. Incansável na missão suprema de dar luta ao Anti-Cristo, que há muitos anos encarnou em José Sócrates. É o seu seguro de vida e dividendos, o mercado manda assim.
Mas na edição de hoje sobressai um pária, um tal J P Coutinho, que partilha espaço de colunista com outro indígena exótico, o J. M. Tavares.
Diz assim o J.P. Coutinho, com ar sério. "O primeiro-ministro António Costa é um homem que inspira no português médio uma náusea geral. É um primeiro-ministro cercado, de um governo remetido para o gueto."
De que realidade fala o desgraçado? E não se trata dum jornalista amestrado, prisioneiro duma trela! É um colonista formador de opinião! 
O que é que levará um espírito que se respeita a si próprio a trocá-lo pela condição de pária, intelectual, ético, moral, deontológico?! É um salário para pagar o pão dos filhos, ou uma missão de bombista suicida, com setenta virgens míticas na bicha?!