domingo, 29 de janeiro de 2017

Transformar quem a lê!

«A literatura não serve obviamente de nada a não ser que sirva para alguma coisa. E se serve para alguma coisa, é para transformar quem a lê. O leitor que chega ao fim de O Livro do Desassossego exactamente igual à pessoa que era quando começou a ler a primeira página, é alguém a quem a leitura não serviu de nada.
O que queremos da literatura é o que queremos da vida: queremos que nos transforme. Não quero chegar ao dia 1 de Janeiro do próximo ano igual à pessoa que era no dia 1 de Janeiro do ano anterior. (...)»
[Frederico Lourenço, O Lugar Supraceleste, Ed. Cotovia, Lisboa 2015]