quinta-feira, 26 de junho de 2014

O que era indispensável, cumulativamente

Primeiros, seria indispensável que o presidente do Gana não tivesse decidido mandar expressamente um avião charter, carregado de papel. Os do Gana não jogavam, e a vitória ficava assegurada, por falta de comparência.
Porém, segundos, essa vitória devia ser contabilizada como uma cabazada de meia dúzia a zero. Questões de goal-average, mas sobre essa aritmética o regulamento é omisso.
Terceiros, era preciso que o avião do pilim não desaparecesse no triângulo das Bermudas. E não terá desaparecido, porque alguém resistiu a tentações.
Em quartos era preciso que a Alemanha e os EUA não empatassem. A ser assim, ambos eram apurados e os Gamas iam à vida. Ora nada é mais tentador do que um joguito a feijões, em vez de suor e lágrimas. Sobretudo considerando o vezo oportunista de alemães e maricanos, em tudo o que meta história.
Em quintos, melhor seria que as contas da matemática fossem as euclidianas, ou as do Newton, vá lá. Mas não são, que o Einstein existiu, mesmo de língua de fora.
Em sextos, o que vinha muito a jeito era um milagre de Ourique. Mas esse já se viu que era mentira, não há que contar com ele. É que já nem os deuses têm paciência para tantas bebedeiras gloriosas.