segunda-feira, 15 de maio de 2017

Mário Henrique-Leiria

O REPOUSO DO GUERREIRO
 
Depois de ter andado bastante tempo de um lado para o outro, voltou a casa, já com 50 anos.
Trazia um bicho. Uma panterazinha negra de seis meses, cheia de ternura, amizade e dentes.
Então resolveu ficar sentado, olhando a televisão, os livros, alguma música e várias bebidas.
Três anos depois, ou talvez um pouco mais, não estou agora certo, alguns amigos acharam graça ir visitá-lo.
Foram.
Bateram à porta.
Apareceram dois meninos a abri-la. Dois meninos escuros, com dentes eficazes e sorriso amigo. Rosnavam ternamente.